Empenho e perseverança para alcançar os objectivos estabelecidos: estes são os valores que estão no centro do processo de inovação que a Omge, empresa especializada na produção de corrediças telescópicas para gavetas, sistemas de deslizamento para móveis e componentes para móveis, tem vindo a desenvolver há alguns anos com o objetivo de alargar os seus horizontes comerciais. 

O conhecimento e a experiência adquiridos ao longo de muitos anos de atividade e colaboração com empresas líderes do sector e a sua capacidade de conceção tornam-na flexível e dinâmica, pronta para responder às diferentes expectativas do mercado, permitindo assim a personalização do produto. 

Precisamente sobre a personalização dos produtos, a sustentabilidade empresarial e as estratégias para 2024, conversámos com Luca Eustacchioni, CEO da Omge.

Início do ano, altura de fazer um balanço e definir estratégias para o futuro. Que objectivos se propõem para enfrentar os mercados em 2024?

Os últimos anos, pelas razões que todos conhecemos, levaram as empresas a alterar a sua lógica de negócio, obrigando os gestores a adotar e desenvolver estratégias e procedimentos alternativos. 

Estabelecer como objetivo o regresso a uma situação pré-pandémica é, na minha opinião, apesar de ter passado pouco tempo, um objetivo algo anacrónico porque, como repito, as lógicas comerciais e, consequentemente, as estratégias que uma empresa deve pôr em prática, já não são as mesmas. 

A saída da pandemia tinha criado um certo entusiasmo nos mercados que, na verdade, ao longo do último ano, por várias razões, entre as quais a instabilidade decorrente de questões geopolíticas, esmoreceu um pouco. 

O clima de incerteza daí resultante não afectou, no entanto, as nossas estratégias, que para 2024 representam a continuação do que iniciámos no ano passado com o desenvolvimento e apresentação de novos produtos.

Swing 9322, mecanismo com movimento de rotação 

Aumentar ainda mais a utilização do B2B para reter os clientes existentes e desenvolver um plano de marketing mais orientado para o mundo digital são as ferramentas com as quais a empresa pretende melhorar a marca e procurar novos clientes em 2024.

A sustentabilidade é atualmente considerada uma grande oportunidade para as empresas. Como é que esta preocupação com o ambiente se expressa na sua empresa? 

Vejo que nos últimos tempos é prática comum associar o conceito de sustentabilidade a argumentos que só podem ser atribuídos a factores ambientais e sociais, esquecendo o que na minha opinião é o fator mais importante para a sustentabilidade de uma empresa, ou seja, o fator económico.

A empresa sustentável deve ser capaz de garantir uma remuneração económica aos seus trabalhadores, de acordo com as leis em vigor, e fazê-lo num ambiente socialmente saudável e positivo, com especial atenção ao impacto ambiental. 

Tudo isto com a plena convicção de que a sustentabilidade não é um custo, mas sim um investimento com um claro retorno em termos de imagem e não só. 

A este propósito, devo dizer que a nossa empresa foi um pouco pioneira, tendo-se dotado de um vasto sistema fotovoltaico quando a sustentabilidade ainda não era um conceito recorrente no pensamento do mundo industrial. 

O código de ética adotado pela empresa e a atenção dada ao cumprimento das regras por parte dos fornecedores ajudam a definir a Omge SpA como uma empresa particularmente atenta às questões ambientais.

O design e a inovação tecnológica eram até agora os elementos vencedores dos novos produtos; a estes junta-se agora o fator da personalização, que também se está a tornar cada vez mais importante no sector da subcontratação para a indústria do mobiliário. Como é que respondem a esta tendência?

Pela sua própria natureza, a Omge SpA é uma empresa bem consciente de como a personalização, e eu acrescentaria a personalização do produto, desempenha um papel bem definido em vários sectores, incluindo o da subcontratação para a indústria do mobiliário.

Surf 4300, mecanismo de deslizamento para bancadas e tampos de cozinha 

Dirigidos a diferentes sectores, estamos bem conscientes da importância de poder garantir a multifuncionalidade estética e técnica e, por isso, não estamos certamente despreparados para esta necessidade. 

Atualmente, a procura espasmódica de atrair a atenção do cliente estendeu o conceito de personalização também ao mercado de massas. De facto, o mercado de massas à moda antiga obriga as empresas a submeterem-se a regras impostas que nem sempre podem ser aceites, pelo que a possibilidade de poder criar e oferecer flexibilidade aos clientes é bem-vinda. 

No nosso caso, diria que estamos particularmente inclinados para a verdadeira personalização de um produto, precisamente devido à nossa propensão para o mundo industrial.